Ascensão de Cristo, ascensão da Humanidade

"Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus".
A palavra ascensão significa elevação. Por si só, esta palavra já vem carregada de significado. Elevar é ser colocado numa posição mais alta, de destaque, é reconhecer que aquele que está sendo elevado merece o prêmio por ter cumprido bem a sua missão. Se entre nós humanidade, temos o costume de premiar pessoas que se destacam por seu heroísmo em nossas comunidades colocando as no pódio, então não é difícil entender o significado da festa da ascensão do Senhor. Depois de cumprir a vontade de Deus encarnado-se e tornando se um de nós, chega a hora de Jesus voltar para o Pai. De uma maneira bastante simples, o livro dos Atos dos Apóstolos, faz a seguinte narração: Depois de dizer isso Jesus foi elevado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo. (At 1, 9 ) .
A singeleza desta narração, por certo não descreve a grandeza do acontecimento, mesmo porque diante de tão grande mistério as palavras perdem o sentido. Os discípulos estavam estupefatos, paralisados diante de tamanha maravilha, só mais tarde iriam compreender o verdadeiro significado da ascensão do Senhor aos céus. O grande mistério que viria a ser revelado posteriormente é que ao subir para o céu, Jesus eleva consigo toda a humanidade. Lembremos que ao se encarnar ele nos assume por completo e por assumir a nossa humanidade, ele nos redime também por completo. A sua ascensão é também a nossa ascensão. O catecismo Igreja católica resume para nós esse mistério de fé assim: A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos homens. Jesus Cristo cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele. Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a infusão do Espírito Santo.
Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus. Em Cristo ressuscitado e elevado ao céu, toda a humanidade participa diretamente da glória de Pai. Quando Deus se torna humano se encarnando por seu filho Jesus, ele o faz por amor e, para realizar o seu plano salvífico recriando novamente não só a humanidade, mas todo o universo. Todo esse universo é então verbificado, transformado pela ação salvadora de Deus. Isso significa que a humanidade assunta ao céu atraída pela ascensão de Jesus, está inserida no seio da comunhão trinitária, é uma humanidade que é permeada pela comunicação direta do Pai do Filho e do Espírito Santo. Portanto de posse deste mistério de tamanha grandeza de Deus em relação a nós, não podemos ficar parados, é preciso sair pelo mundo e espalhar essa Boa Notícia. Vale aqui o conselho dos dois Homens de branco aos discípulos: Homens da Galiléia porque ficais aqui parados olhando para o céu? (At 1, 11) … É missão nossa agora procurar as coisas do alto, romper as velhas amarras que nos prendem, vencer em nós mesmos o egoísmo e partirmos para uma ação libertadora. Precisamos de todas as maneiras possíveis promover a dignidade dos filhos de Deus, contar a todos o que Jesus fez por nós, nos libertando do cativeiro que não nos deixava vislumbrar novos horizontes. Precisamos dizer a todos que somos uma nova humanidade, não há mais lugar para mesquinharias, a glória do Pai está sim entre nós, somos uma Humanidade redimida e, esta redenção precisa se atualizar em gestos concretos de Amor, Solidariedade e Paz, prioritariamente com os excluídos da nossa sociedade. Não poderemos viver plenamente a ressurreição e ascensão do Senhor enquanto tiver irmãos nossos diminuídos.
Jesus nos deu o exemplo, com seu sacrifício nos elevou a todos, nos colocou bem junto do Pai, nós enquanto caminhamos neste mundo temos que dar as mãos aos nossos irmãos oprimidos e elevá-los ao pódio da dignidade humana, para que experimentando a nossa solidariedade façam a experiência da Graça Divina presente no mundo. Assim procedendo, estaremos cumprindo o que disse Jesus: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)


Imagens da VII - Romaria dos Coroinhas e Infância Missionário - Diocese de Mossoró/RN


Porque o mês de maio é dedicado a Maria?

                                                          O mês de maio mariano é uma herança européia



O mês de maio é dedicado a Maria apenas pela Igreja do Ocidente
Entrando no mês de maio, mês na devoção popular, dedicado à Maria, que nos traz de volta as lembranças das devoções, tais como; a reza do terço, coroação, ladainha e etc.
A espiritualidade Mariana é forte na Igreja Católica e Ortodoxa.
O mês de maio mariano é uma herança europeia, uma vez que na Europa maio é tempo de primavera, que no Brasil corresponde ao mês de outubro, igualmente dedicado a Nossa Senhora por ser o mês do rosário.
Na Europa o mês de maio é celebrado em diversos países para homenagear o reflorescimento da natureza. É um mês de festas, de divertimentos, de poesia..., que tem suas origens em tradições muito antigas. No mundo pagão, por exemplo, acontecia a Florência, isto é, grandes festas com danças, cantos, etc., em honra da deusa da vegetação, a Flora Mater.
No mundo cristão, como tentativa de corrigir os excessos e abusos destas festas tradicionais e torná-las mais cristãs, a partir do século XIII, a figura de Maria começa a ser associada ao mês de maio. O primeiro a dar este importante passo foi Afonso X, rei de Castela e León, na Espanha. A partir de então começam a surgir práticas devocionais no sentido de homenagear a Virgem Santíssima, a mais bela e perfeita das criaturas. Na Itália, por exemplo, São Filipe Neri (1596) ensinava os jovens a prestarem homenagem a Maria durante o mês de maio, praticando atos de virtude e de mortificação, louvando-a com cantos, enfeitando suas imagens com flores, etc.
Em 1677, o padre dominicano A.D. Guinigi, inicia uma espécie de confraternidade que dedica o mês de maio a Maria com exercícios devocionais. Na Alemanha, um frade capuchinho publica uma coletânea de cantos específicos para o mês de maio. Aos poucos, então, esse mês vai tomando um aspecto mariano que se consolida no século XVIII com a publicação de algumas obras importantes, como a do padre jesuíta A. Dionisi, que pode ser considerado o iniciador do mês mariano no sentido moderno.
É importante lembrar que o mês de maio é dedicado a Maria apenas pela Igreja do Ocidente. Para a Igreja do Oriente, o mês mariano por excelência é o mês de agosto, quando se celebra a festa da Dormição de Nossa Senhora.
Neste mês dedicado a Nossa Senhora, vamos celebrar a festa de Nossa Senhora de Fátima (13), de Nossa Senhora Auxiliadora (24) e Nossa Senhora de Caravaggio (26).
Reze o terço diariamente e uma Ave Maria, às 18h pela santificação da família.
Confiai na Virgem Santíssima, Auxiliadora Nossa “e vereis os milagres”, dizia Dom Bosco.